quinta-feira, novembro 29, 2007
segunda-feira, novembro 26, 2007
sexta-feira, novembro 09, 2007
Eu fui criada em meio a cães. Sempre tive cachorro. Vários cachorros. Era praticamente o Mogli.
Gosto. Adoro cachorro.
Agora, gato... nunca fui muito fã. Nunca tive contato com eles. A única relação que eu tive com gatos foi espantá-los dos telhados do quintal pros cachorros pararem de latir. Nunca pensei que passaria disso. Nunca quis que passasse.
Isso foi até a Romilda aparecer.
Romilda - nome dado carinhosamente pela minha irmã que tem a infeliz mania de pôr nomes bizarros em animais - invadiu nosso telhado e fez usucapião dele, planejando como faria para entrar na nossa casa, nos colocar pra fora e se instalar decentemente. Antes que ela pusesse seu plano em prática, minha irmã armou um esquema de guerra para descer Romilda do telhado.
Descobrimos, então, que Romilda estava grávida e imaginamos que ela tenha sido posta pra fora de seu harmonioso lar justamente por causa disso. Há muita bondade no mundo, vocês sabem.
Abrigamos a gestante no jardim da minha casa, onde há uma varandinha coberta. Logo em seguida, ela não só foi pra dentro de casa, como planejava, como conseguiu isso com o consentimento geral da nação.
Tempos depois, no único dia em que eu esqueci de perguntar assim que cheguei em casa "e aí, pariu?", ela cuspiu sete gatolhos. Aliás, ratolhos.
Cara, como eram feios. Puta que pariu.
Mas o tempo passa, o tempo voa e, apesar da poupança Bamerindus não estar tão numa boa, os gatinhos crescem. E brincam. E escalam a gente. E ficam fofos. E são as coisinhas mais lindas de todo o universo.
E eu, que nunca quis nada com gatos além de espantá-los dos telhados, faço o quê quando vejo isso:
Ai, gente, embrulha uma dúzia pra mim, por favor?