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segunda-feira, novembro 22, 2004

Família que é desequilibrada unida, deve permanecer unida... eu acho
Minha família é composta por pessoas sem noção (ou vocês acham que eu sou assim por acaso? Hrum).
Bom, o fato é que o maior desequilíbrio da família gira em torno de animais. Somos todos loucos por animais (tá, com exceção do maninho que não fede nem cheira com relação a esse assunto). Ficamos revoltados com notícias de maus tratos a qualquer animal (chegando ao cúmulo da minha pessoa ficar mal por matar uma barata nojenta, eca), cuidamos de animaizinhos órfãos e desamparados, fazemos ÓUN em coro quando vemos animaizinhos fofinhos, meigos e pequeninos (ou não) na televisão ou fora dela, somos a favor de enfiar lanças no lombo dos toureadores pra ver se eles gostam e essa coisa toda. Temos até um exemplar de quase-veterinária no seio do nosso lar.

O principal alvo desse desequilíbrio são os cachorros. Aqui em casa são 3 (depois da morte da Bunny, uma vira-lata): Brenda e Titã (Rottweilers, e não se atrevam a falar mau de Rottweilers na minha presença) e Dolly (vira-lata que a quase-veterinária insiste em chamar de Fox Terrier). Isso aqui em casa. No sítio são 42 (sim, quarenta e dois, você não leu errado). Bom, pelo menos foi a informação que eu recebi na última contagem. São mais 2 Rottweilers, 3 Huskys Siberiano, 1 Malamute e (se eu não esqueci nenhum) zilhões de vira-latas.

A maioria esmagadora desses 42 (inclusive os de raça) foi tirada da rua, seja aqui em Sampa, lá por perto do sítio, cruzando o caminho de algum dos malucos da minha família, e por aí vai. Ah, inclusive a Dolly foi resgatada antes de ser jogada na Marginal Tietê, mas essa é outra história.

Os cachorros abandonados parecem adivinhar essa falta de controle reinante aqui e resolvem, todos, fazer plantão na porta da minha casa. Aí começa a trajetória que nós já conhecemos tão bem.
1. Põe comida pro coitadinho do lado de fora do portão.
2. Põe o coitadinho pra dentro do jardim.
3. Dá nome pro coitadinho.
4. Põe o coitadinho na caminhonete e leva pro sítio.

- Mas essa é a última vez, juro! É que ele tava me olhando com uma carinha de piedade tão grande, não consegui resistir. Mas eu nunca mais pego nenhum cachorro da rua.
(Já ouvi isso mais de 40 vezes, literalmente)

Então, nesse exato momento, lá no jardim, bem ao lado de um prato de comida e uma cumbica de água, dorme o Cosme (Cosme?? Putz). Amanhã papis e mamis vão ao sítio.
Coincidências, hã?