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quinta-feira, novembro 18, 2004

Pobremas
Algumas pessoas importantes pra mim resolveram passar por uma crise no mesmo momento.
Nesse bolo tem gente que eu conheço há bastââââââânte tempo, tem gente que eu conheço há algum tempo, tem gente que conheço há pouco tempo e tem gente que eu conheci praticamente na semana passada. Os motivos são vários: desamor, desilusão, perdas, desemprego, solidão, medo de tudo isso.
Apesar de conhecer uns mais que outros, me preocupo com a situação de cada um deles de uma forma igual. O sofrimento, a tristeza e a angústia deles me dói, me preocupa, me incomoda da mesma forma.
Aqui dentro, fica a sensação que eu preciso fazer alguma coisa pra ajudar, ao mesmo tempo que cresce uma agonia danada porque eu não sei o que fazer.
Eu queria pelo menos estar presente, mas nem sempre é possível. Além de, às vezes, eu não saber se a minha presença pode ajudar. Além de achar que, de repente, a minha presença só vai atrapalhar. Além de nem sempre a minha presença ser desejada.
Sim, complexos. Eu sei que esse não é o melhor momento de deixar os meus complexos aflorarem, mas, enfim...

Uma coisa de bom eu percebi nisso tudo. Acho que aprendi a não deixar os problemas dos outros me influenciarem ao ponto de eu ficar mal também. Aprendi a não absorver tudo, sem limites, como antes. Eu me preocupo, sim, não consigo ficar indiferente, mas já não assumo como meus os problemas do mundo.
Acho que isso é um ponto positivo, não é? Assim pode até ser que fique mais fácil ajudar.