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quarta-feira, setembro 20, 2006

Um post adolescente
Há 12 anos, eu terminei o colegial e fiz vestibular pra medicina veterinária. Não passei, fato que eu agradeço muito hoje em dia, mas que na época foi motivo pra uma tristeza imensa.
Como passaria pelo menos um ano de bobeira, e tinha acabado de atingir a idade mínima pedida, fui fazer um curso de desenho na Escola Panamericana de Arte.
Eu sempre adorei desenho, pintura, artes manuais e todo esse tipo de coisas que não servem pra nada, e desde muito nova quis fazer esse curso, mas, como já disse, não tinha idade suficiente.
Com idade e tempo disponíveis, fui.
O curso era de três anos: no primeiro, noções básicas de desenho e pintura; no segundo, você escolhia entre comunicação visual ou pintura; no terceiro, seguindo comunicação visual, seria publicidade.
Depois de descobrir, no primeiro ano, que lápis são legais, mas pincéis são meus inimigos, optei por comunicação visual e conheci o professor que seria o responsável pela minha vontade de fazer vestibular para publicidade/propaganda.
Sim, a culpa é dele. Foi ele quem me fez gostar desse negócio.
Fiz o terceiro ano do curso junto com o primeiro da faculdade de publicidade. Perdi um pedaço do dedo no estilete, finalizando um layout, neste ano também - foram muitas emoções -, mas isso são detalhes.
Me formei há 6 anos, já trabalhei em agência, já fiz freela, já fiquei desempregada, já levei muito calote. Atualmente, trabalho em editora.
Uns 2 meses atrás, fui procurar uma mensagem na caixa de entrada da minha ex-colega, e, quando achei, levei um susto. O nome do remetente era o mesmo do meu professor, que não é um nome muito comum.
Resolvi dar uma de louca e mandei um mail perguntando se era ele, contando que ele era o culpado dessa minha vida de amarguras – ó vida, ó céus, ó azar.
Era ele. Ligou aqui, conversamos e virou meu contato no MSN, daqueles que você não conversa nunca mais.
Pra minha surpresa, na semana passada ele me chamou no MSN, perguntando sobre a minha disponibilidade pra um freela urgentíssimo – como se todos não fossem. Fiz.
Hoje ele me ligou pra saber o número da conta de depósito do pagamento – Ó! -, perguntar se eu faço layouts de risco – aqueles que você manda sem o pedido do cliente, e seja tudo o que Deus quiser – e me propor uma parceira com ele.

Agora o comentário adolescente:
Cara, cê tem noção que o meu professor me chamou pra trabalhar com ele? Gente!