terça-feira, janeiro 30, 2007
Hoje o dia amanheceu como (dizem) um típico dia paulistano: nublado, escuro e com garoa.
Apesar disso, depois de uma noite de chuva, estava quente.
Pra ficar mais claro, lembrem-se da última vez que vocês estiveram dentro de uma panela quente. Lembraram? Então...
Agora imaginem que alguém joga água lá dentro da panela que você está, e tampa a dita. Forma aquele vapor e o calor aumenta, formando um famoso fenômeno, chamado abafamento.
Essa foi a manhã do dia de hoje, na capital paulista: tampada e abafada.
Eu saí pra trabalhar toda verão - quase praia mesmo -, dormindo, esbaforida e atrasada, pra variar Cheguei no metrô e notei que as pessoas estavam me olhando esquisito. Foi aí que, quase acordando, eu percebi que tinha alguma coisa estranha no ar, além do abafamento. Moleton, casacos, blusas de... LÃ! Tinha uma garota com blusa de lã! Eu juro.
Comecei a passar mal só de ver.
Depois de quase cair dura, fechar os olhos, fingir que dormia (em pé mesmo, não foi tão difícil. Tenho prática) pra não encarar as pessoas agasalhadas até a cabeça e, talvez, sobreviver até chegar no meu local de trabalho, comecei a pensar numa explicação praquilo.
Só consegui chegar à conclusão que o calor existe apenas quando está sol. Se o sol não aparece, está frio. Hoje, apesar de ser janeiro, é inverno, porque o sol não apareceu de manhã.
Ou isso, ou só temos zumbis em São Paulo. As pessoas aqui não têm sangue. Ou, ainda, eu estou na menopausa precoce.
É, eu estou na menopausa precoce, ou foi inverno hoje de manhã, mas agora está bem verão, viu? E eu estou bem fresquinha debaixo desse sol de rachar coco que saiu lá fora. Queria ver como tá a garota da blusa de lã.